quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Lado bom.^^

Oi tomos! Anteontem eu fiz algumas ilustrações dos personagens de Vitral, mas só hoje consegui scannear. Pintar vai demorar um pouco. Minha vida anda meio atribulada. Nós tínhamos comprado uma mesa digitalizadora , mas a loja disse que não tinha mais no estoque e só daria para enviar daqui a quinze dias. Bom, eu cancelei a compra pois precisava dela urgente. Acabei tendo uma luz e peguei a canetinha na casa do meu irmão, ele ainda não tinha arrumado, mas eu falei pra Soni que ela ia funcionar na marra! Dito e feito! Fizemos ela funcionar, colamos um esparadrapo na pilha dentro e ela funcionou. É apenas um mal contato! ^^ Finalmente a Soni tá podendo terminar seu mangá. Fiquei feliz por isso e por não ter gastado mais dinheiro. As vezes, os problemas são chatos, mas temos que acreditar.
Estou na faze de colocar retículas nas páginas e tem dia que não dá pra fazer nada, eu e a Soni vamos ao correio entregar os mangás pros leitores que compraram. Ontem tivemos que ir na cidade vizinha porque na nossa não tinha caixinha pra enviar as penas G. As penas são pequenas e nem pesam quase nada, mas acabamos tendo que colocá-las numa pasta enorme. Cuidar da loja dá trabalho e as vezes dá até dor de cabeça, mas o objetivo é fazer os leitores felizes. A loja é para podermos vender nosso repasse, pois o repasse faz parte do nosso ganho com os mangás. Estou curiosa pra saber como andam as vendas na Comix. Na nossa loja tudo vai bem, tem dias que tem muitos compradores e tem dias que ninguém compra nada.^^ Eu fiz uma compra pra simular se os botões estão funcionado e vi que o pague seguro tá chatinho, ele pede pra fazer um cadastro, mas não aceita qualquer senha. Mas aí eu vi que mesmo sem fazer o cadastro a compra consta na nossa loja. Na hora de efetuar a compra ele pede o endereço de entrega e é só escolher a forma de pagamento e pronto, não precisa fazer o cadastro que o pague seguro pede em seguida.
Eu agradeço a todos os leitores que tiveram paciência para esperar os mangás chegarem, sei que não é fácil comprar algo na internet e depois ter que esperar quase dois meses pra receber o produto. Minna arigatou!
Pra falar a verdade, as vezes é um pouco estressante ser vendedor. Tem gente que perde a paciência e temos que ouvir muito, mas o cliente sempre tem razão. Nós somos quem, né? Só as autoras que se viram pra vender sua própria obra, o leitor é mais importante. O chato é que qualquer engano nosso jamais é compreendido. Fico com uma certa inveja dos japas porque lá os autores não precisam criar uma loja pra vender seus próprios mangás. Não estou reclamando do trabalho, mas a grama do vizinho parece sempre mais verde.^^ Aqui no nosso país as coisas são bem diferentes mesmo, quando a gente fala de boas vendas e sucesso de vendas estamos falando de vendas em termos de Brasil. Não é sucesso como no Japão onde um mangá desconhecido vende quinhentas mil cópias. Aqui não venderíamos tudo isso porque as editoras não fazem essa tiragem e porque os otakus leitores de mangá nem somam tudo isso. A TMJ é a única revista que chega perto de quatrocentas mil cópias, mas ela produz um milhão e consegue distribuir para todo Brasil e tem assinatura. O editor Franco de Rosa disse em uma entrevista que quadrinhos nacionais em geral vendem em média trezentas cópias e é só isso mesmo. Ele publica trabalhos nacionais quase que por caridade e amor ao quadrinho. Em outras palavras, vender mais de mil cópias é relativamente um sucesso. Lógico que se a tiragem foi pequena, ou seja, se foram feitas três mil cópias e vendeu mil e quinhentas é bom. Mas se foram feitas mais que isso, mesmo vendendo mais de mil o negócio fracassou.
Eu e a Soni estamos numa jornada de primeira publicação e isso é o que nos motiva. Dinheiro e vendas fantásticas só em sonho. Sem ir pra banca fica ainda mais difícil atingir vendas expressivas, mas mesmo vendendo bem nas bancas não significa dinheiro, pois as distribuidoras cobram 50% do preço de capa e se não vender metade eles cobram uma multa. Ou seja, compensa pro leitor chegar na banca e pegar seu mangá, mas pra editora pode não compensar.
Sempre vejo em blogs pessoas analisando o porque de mangás que não fizeram sucesso, alguns acham que foi por causa do desenho, do roteiro e etc. Mas eu sei que no Brasil os motivos para uma obra não ir adiante são milhares, não é apenas culpa do trabalho. Eu conheço desenhistas muito bons, mas eles não publicam porque no passado descobriram que não dá dinheiro suficiente. Não querem desenhar por centavos e ainda serem criticados por gente que nem comprou a obra deles. O feedback dos leitores é bom, mas tem gente que acha que o desenhista tá chuva pra levar raio na cabeça e pegar uma pneumonia. Nós desenhistas já enfrentamos muita coisa e tem gente que não aguenta e eu até dou razão. Eu e a Soni desenhamos porque gostamos de fazer isso e a experiência conta muito. Mas as vezes é duca...não o trabalho, mas o resto tudo que cai na cabeça. Acho que quem quer ser desenhista no Brasil precisa se preparar para muita coisa adversa.
Bom, mas existe o lado bom. É uma grande conquista quando vemos nossa obra concluída e quando conquistamos um leitor. Eu adoro tirar uma folha nova da embalagem e desenhar ouvindo música. Quando estou no computador artefinalizando as páginas eu fico pensando nos próximos quadrinhos que vou fazer e nas cenas. Fico imaginando como o leitor vai reagir quando ler a cena e também fico calculando a hora certa  de expor coisas e se aquilo vai prender a atenção e causar alguma emoção. É muito complicado, mas é muito satisfatório quando o leitor fala justamente do que sentiu numa cena e era o que eu queria que sentisse. As vezes eu me surpreendo com a reação, não imaginava que a pessoa ia pensar e sentir aquilo. Eu estou aprendendo muito e isso não tem preço. Outro dia, meu irmão disse que assistiu uma palestra sobre os artistas. Falava do lado espiritual e explicava que o artista deve se sentir bem e querer passar bons sentimentos para as pessoas através de sua obra. Dessa forma o público vai gostar. Não se trata de desenhar coisas politicamente corretas, mas de se sentir bem com o que faz, afinal, quadrinhos, músicas e filmes tratam de sentimentos e emoções. Só isso. O artista cria algo unicamente pra mexer com os sentimentos e despertar emoções nas pessoas. Se alguém riu onde o desenhista quis, ou chorou ou ficou corado, então o artista atingiu sua meta e propósito. E é isso que estou tentando e sei que somente a experiencia vai me dar mais esclarecimento. Por isso eu desenho mesmo que quase de graça e mesmo embaixo de dificuldades e cobranças.




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Emoções do Volume 4 de Vitral!

Hoje eu e a Soni fizemos as emoções dos volumes 4 dos nossos mangás! Espero que gostem. Vamos usar algumas cenas pra explicar o que vai acontecer. Isshoni ikimashô!

Vitral 4!

Muyami parece muito à vontade com suas maldades! Ele não vai permitir que entrem em seu caminho e muito menos que o contrariem! Coitado do Hasami pai! Nesse capítulo Muyami tá muito louco, a Soni disse que ele tá tendo ataque de Carminha. rsrsrs
Daiji e Tsumi tiveram sua noite de amor no volume 3, mas agora precisam descobrir como irão se livrar da marca do Vitral. Os dois acabam fazendo uma promessa e juram cumpri-la custe o que custar!
Como desgraça pouca é bobagem, Daiji descobre que precisa da assinatura de seu pai no contrato para poder participar do concurso! A ideia de Midore corre o risco de não dar certo, mas Tsumi não vai desistir!
O problema é que Tsumi só se mete em encrenca! Nada é fácil pra ele! O pior é que Daiji acaba tendo que arriscar ser desmascarado para poder cumprir a promessa que fez a Tsumi. Como Tsumi vai reagir ao saber o sobrenome de Daiji?
 As coisas só pioram! Faltando um dia para entregar a música, Tadashi tira Tsumi da BadNews! Tsumi não quer ficar de fora e perder a chance de ser um músico profissional. As coisas realmente não vão bem pra ele.


Ops! O que Daiji quer com Tsumi dentro do elevador? XD Todos saberão no volume 4! 

E o que Kaiwa e Muyami estão aprontando na limousine? A Rosa branca está desafiando a Rosa Escarlate de Muyami!
Essa não! Tadashi fez algumas descobertas depois que Higa e Mirai resolveram ser audaciosos!
 
E o Espectro? Bom, ele resolve aprontar também!

É isso aí. Infelizmente não posso contar tudo que acontece pra não fazer spoiler. Mas acho que o capítulo 4 tá cheio de emoções e conta muita coisa sobre os personagens. Muyami tá começando a mostrar quem ele é de fato. Depois posto as emoções do volume 5. Até mais!  
Ah! O editor nos enviou as revistas e a loja do Futago está normalizada! O envio será imediato agora! Aproveitem! ^^

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Versão e-book de Vitral First Night e coisas curiosas.

Oi queridos leitores e colegas. Já está disponível na loja do Futago  a versão e-book em PDF do Vitral First Night. Custa 4,00 reais sem custo de correio e tem ilustração colorida. Eu e a Soni decidimos fazer o e-book pra ser mais uma opção para os leitores, não sabemos se as pessoas terão interesse em adquirir esse exemplar eletrônico, mas vamos testar.^^
Hoje compramos mais uma mesa digitalizadora porque uma das nossas não funciona mais. Nossa gata derrubou a caneta no chão e ela ficou meio sem contato com a mesa. Meu onichan ficou de consertar, mas até agora ele não teve tempo. Como não podemos perder tempo achamos melhor comprar outra.
Essa semana a Soni anda com dificuldade pra dormir, ela tá super preocupada com o repasse da loja do Futago que não chega. O Carlos ficou de enviar as revistas na segunda, porém até agora não chegaram. Eu não estou tão preocupada, mas não porque não é preocupante, é porque andei com um problema chato de saúde e ultimamente sinto dor todos os dias e isso é um saco. Só me distraio quando desenho e até esqueço do problema. Felizmente estou melhor hoje e sinto que o problema está me deixando. Eu fui ao médico, porém não consegui fazer os exames por causa de uma greve que impediu a coleta de sangue e outros exames. Quando fiquei muito ruim fui ao pronto socorro e a médica me passou um remédio que me ajudou. O Brasil precisa melhorar muito na área da saúde. E olha que aqui no sudeste o sistema é melhor do que no resto do país...Aft!
Mas vamos falar de coisas boas! Ontem terminei de ler Sakura Gari da Yu Watase com a Soni. Gostei do mangá que tem três volumes e é o primeiro BL dessa autora. A história é forte e cheia de dramas familiares, adorei. Os primeiros capítulos conseguimos em português, mas os outros só achamos em inglês. Foi assim mesmo. Meu inglês é bonzinho, só em alguns termos que tenho que parar pra traduzir. Teve uma frase que precisamos colocar no tradutor do google porque a gente entendeu completamente diferente. rsrs Por falar em inglês ainda não terminei o livro da história de Tezuka que meu onichan nos deu de presente quando voltou de Nova Iorque. Eu gosto de ler em inglês e estou me esforçando pra conseguir ler em Nihongo também. Agora já consigo ler os mangás mais simples. Bem simples...
Sakura Gari é um mangá que se passa nos anos vinte, mas a própria autora disse que não se preocupou muito com a parte histórica. Eu e a Soni vimos que a Yu Watase realmente deixou umas coisas como item de licença poética. Gosto disso, acho que em nome da história do mangá vale deixar fluir sem rigidez histórica. Claro que deve ser explicado depois. Mas só notei alguns "erros" como a câmera fotográfica que na época não seria possível. As câmeras fotográficas na época ainda estavam em evolução e a menina do mangá ficou presa no sobrado por nove anos até 1920, ela não poderia ter passado os nove anos anteriores fotografando as transas do irmão nesse tempo com aquele modelo de câmera. Ainda mais em interiores e depois revelar sem ninguém ver o conteúdo explícito das fotos. Ela teria que ter seu próprio laboratório, mas mesmo assim não daria certo.^^ Aquela câmera só surgiu em 1920 e não nove anos antes. Outra coisa é que depois da primeira guerra mundial ninguém chamava de primeira guerra já que não havia tido a segunda ainda. Era conhecida apenas por A Grande Guerra. O personagem jamais diria que estavam na depressão por causa  da primeira guerra mundial.  A segunda guerra só começou em 1939. Ou seja, dezenove anos após a história do mangá. Se fosse uma narrativa do personagem anos depois seria correto.^^ Mas o que vale é que a história foi boa.^^ No Kuroshitsuji também tem umas "modificações" históricas, mas eles usam celular e arma automática em 1800...então...Bom, no meu mangá eu inventei um país na costa sul de Primorsk...Acho que a arte tem que ter umas liberdades explicáveis.^^ Só acho que as modificações devem ser feitas em nome do andamento da trama e não por preguiça de pesquisar. Eu vi em alguns mangás nacionais que os autores usam as leis dos norte americanos por influência dos filmes, mas não usam as leis do Brasil. Bom, se funcionar e ninguém notar, né?
Outra coisa curiosa que eu notei em relação aos meus mangás é que desde sempre criei histórias que se passavam no Brasil, mas nunca consegui publicá-las. Só consegui publicar histórias que se passavam em outro país ou mundo diferente. Angel Cats se passava no planeta Luz. Passei quase quinze anos tentando publicar histórias com nomes nacionais e ambientalização aqui, mas sei lá porque nunca consegui publicá-las. Eu olhei meus desenhos antigos e não estavam tão ruins pra não serem aproveitados. Eu me lembro do meu primeiro yaoi que chamei de A Festa da Lua Cheia, o fanzine até ganhou prêmio, mas ninguém gostava do nome que dei pro personagem. Ele se chamava Laércio, a minha irmã mais velha torcia o nariz e gostava do nome Anthony do outro personagem. Que coisa, né? Depois que resolvi chutar o balde e criar o Vitral com nome em japonês e leitura oriental o meu trabalho foi publicado. Claro que eu não sei se publicariam as minhas outras histórias, mas isso foi curioso. Em pensar que agora os autores pagam maior pau pra fazer mangá que se passa aqui e eu passei mais de dez anos fazendo mangá com história no Brasil. Mas também teve autores que só publicaram depois que fizeram mangá ambientalizado no Brasil, antes não faziam questão. O mundo é muito louco.
A Soni disse que até foi bom a gente não ter publicado antes porque agora ela tem mais noção de roteiro. Mas acho que tudo tem sua hora certa mesmo.
Coloquei aqui uma das páginas do volume 4 de Vitral. Nesse sample ainda tá sem retículas, mas serve de amostra. Espero que gostem.^^

Beijos a todos!